Resenha- Moxie: Quando as Garotas Vão à Luta- Jennifer Mathieu



Boa tarde Leitores do Cantinho!!!!

Está na hora de romper o silêncio mais uma vez.

Hoje eu trago para vocês mais um livro do Projeto Fale.

Estamos no mês de Março das Mulheres na Literatura (Edição 2021), no Calendário do Cantinho para Leitura. Por isso o tema escolhido foi Machismo e Feminismo. 


E para falar sobre o assunto trouxemos o o livro "Moxie: Quando as Garotas Vão à Luta" da autora Jennifer Mathieu, que está fazendo barulho desde que a Netflix lançou sua adaptação.

Ele foi eleito um dos dez melhores livros juvenis de 2017 pela Revista Time. E com uma linguagem voltada para esse público e para todos nós, irá mostrar que não precisamos ter medo dessa palavra "feminismo". 

E no final do livro, ainda tem algumas indicações da autora e da editora sobre fontes de leitura (sites, livros, documentários), para nos aprofundarmos no assunto. Inclusive sobre o movimento o Riot Grrrl, citado na história, que foi real.

Então vocês não podem perder a resenha da Bel!!!! E fiquem de olho, pois amanhã, ela irá contar sua impressão sobre o filme na Coluna Sessão Cinderela.


Confiram a resenha da Bel!!!!


Livro: Moxie: Quando as Garotas Vão à Luta
Autora: Jennifer Mathieu
Editora: Verus
O Cantinho Indica: 5/5  

 


Moxie: 

Quando as Garotas Vão à Luta!!!






Sinopse:

“Moxie arrasa. É doce, engraçado e brutal. Leia este livro e então se junte à luta.” – Amy Poehler. Vivian Carter está cansada. Cansada da direção da escola, que nunca acha que os jogadores do time de futebol estão errados. Cansada das regras de vestuário machistas, do assédio nos corredores e dos comentários babacas dos caras durante a aula. Mas, acima de tudo, Viv está cansada de sempre seguir as regras. A mãe de Viv era dura na queda, integrante das Riot Grrrls nos anos 90. Inspirada por essas histórias, Viv pega uma página do passado da mãe e cria um fanzine feminista que distribui anonimamente para as colegas da escola. É só um jeito de desabafar, mas as garotas reagem. Logo Viv está fazendo amizade com meninas com quem nunca imaginou se relacionar. E então ela percebe que o que começou não é nada menos que uma revolução feminista no colégio
.



Confiram a Resenha!!!!!!!



RESENHA: MOXIE- QUANDO AS GAROTAS VÃO À LUTA



Esse é mais um exemplo de quando o título é perfeito, pois diz muito sobre o livro. A história que a autora nos entrega é exatamente essa: meninas indo à luta, saindo do silêncio e dizendo: Basta! Isso está errado e precisa acabar! Moxie é um livro voltado para o público adolescente, com uma linguagem simples, um texto leve, com questões próprias da idade (como ter que lidar com o primeiro namorado, e também com o namorado da mãe), que sem se aprofundar muito nos personagens e em seus dramas, consegue passar o seu recado! Eu separei o fim de semana para ler, mas consegui terminar em um dia e adorei! 

A palavra chave aqui é construção. Iremos acompanhar todo o processo que motivou a criação do grupo das Garotas Moxie e todo o desenvolvimento dos eventos que irão desencadear em uma revolução comandada pelas meninas no Colégio East Rockport. Eu usei o plural propositalmente, pois de forma muito interessante, uma tem a ideia e a coloca em prática, mas por não assumir a autoria, em pouco tempo, o movimento se torna de todas elas. Pois a causa era comum a todas as meninas: brancas ou negras, pobres ou ricas, nerds ou populares, latinas, asiáticas, de qualquer etnia. Moxie deu voz ao que todas estavam vivenciando naquela escola e acabou sendo o caminho para a mudança.

Vivian irá nos mostrar o que é ser uma menina de 16 anos, no penúltimo ano do ensino médio, em um ambiente completamente machista. Onde o diretor, sr. Wilson, protege o filho e por tabela todos os outros meninos. Irá se referir aos garotos dessa cidade de uma forma como se todos fizessem parte de um padrão, os identificando por seus hábitos, a maneira de se vestir, a maneira de cortar o cabelo, por exemplo. E irá nos contar sobre como ela e as amigas se comportam também, como se houvesse um manual para fazer parte daquele colégio e daquela cidade. E depois vamos ver a quebra desse padrão, desse comportamental, na figura do garoto novo Seth e da garota nova Lucy. E como no mesmo instante Lucy vira o alvo de ataques de Mitchell Wilson. E como isso mexeu com Vivian.

Depois de tantos anos se escondendo, tentando ser o mais silenciosa possível, invisível, para que não virasse alvo também, ver a aluna nova ser diminuída, usada como chacota, ser ofendida, provocou algo dentro dela. Um sentimento começou a tomar forma: ela não conseguia mais continuar passível. Sua conversa com os avós sobre como era a mãe dela nos tempos de escola, sobre como ela abraçava as causas e lutava pelo o que acreditava, sobre como ela estava sempre furiosa, foi fazendo esse sentimento crescer. Até que ela extravasou tudo isso em uma ideia: uma fanzine feminista. Uma espécie de revista, ou jornal, que ela chamou de Moxie. Onde ela denunciou o que estava acontecendo ali e convidou todas as meninas a se unirem.

Eu gostei muito de como a autora trabalhou a questão de forma simples e bem natural. Vamos ver os conflitos da personagem. Ela não tem certeza do que está fazendo nem de como as outras meninas irão reagir, se irão aderir ao que ela está propondo, ou se foi tudo uma bobagem. No que ela estava pensando? Ao mesmo tempo ela tem medo de dizer que foi ela, logo ninguém ficará sabendo, nem sua própria família. Assim vamos ver aos poucos a curiosidade e a receptividade à sua ideia. O receio e a falta de coragem de participar. E também aquela sensação de “-tá, legal, mas e daí?”, ou seja, o que ela pretendia com a Moxie? O que muda com a Moxie? Pois sua fanzine acaba gerando expectativas e as meninas esperam realmente que algo seja feito para mudar a realidade delas, pois estão todas cansadas. A autora também irá mostrar como isso abalou a amizade dela com Claudia, sua melhor amiga, quando elas se veem, pelo menos no início, em lados diferentes. Mas não eram lados opostos, apenas o momento do despertar das personagens não será o mesmo. E o reflexo dessa luta no seu relacionamento com Seth, quando a autora irá dizer que nem todos os meninos são iguais. Achei isso muito legal. Iremos acompanhar o drama de Lucy também.

Por outro lado, temos o assédio, o bullying e as injustiças crescendo. Os meninos irão sair de controle. Meninas serão humilhadas e sofrerão abusos e não encontrarão nenhum tipo de apoio. Elas estão sozinhas, sendo silenciadas e retaliadas pelas figuras de poder daquela escola. Estão enfrentando um sistema muito maior do que elas, com poder de prejudicá-las. Recuar seria a melhor saída? Será que vale a pena? O que elas realmente conseguiram conquistar? Mas se calar novamente é uma opção? Vivian irá viver um dilema nessa hora. 

Aí vem a reviravolta que Jennifer Mathieu preparou para o fim da historia que me emocionou. E termina tudo bem. Você consegue sair daqui com a alma lavada por elas. Com as coisas começando a ser como deveriam. Acho que a mensagem que ficou plantada nessas páginas, para mim, embora o livro fale sobre o tema de feminismo, foi a de união! Nós vamos ver a força, a potência e o alcance dessas vozes quando estão juntas. Adorei esse livro!

Agora não saiam daí, que irei ver o filme e voltarei na Coluna Sessão Cinderela com a minha opinião para vocês. 


(Resenha da Bel)







📌Cabine de Imprensa Literária: Livro ou Filme???

📖 Resenha do Livro Moxie: Quando as Garotas vão à Luta

📺 Crítica do Filme Moxie: Quando as Garotas vão à Luta





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14 comentários

  1. Gostei muito da resenha. Não conhecia esse livro, mas vou procura-lo. Bjos!!!

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  2. COLOQUEI NA MINHA LISTA AGORA! Nossa, eu não fazia ideia sobre o que tratava essa história, eu tinha visto a publicidade meio por cima da adaptação da Netflix, mas não imaginava que tratava desses assuntos! Adorei a resenha, estou com muita vontade de ler agora!

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  3. Nunca li o livro, mas estou louca pra assistir ao filme! Amei a resenha.

    quinzeprasnoveblog.com

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  4. Acho este tipo de livros tão importantes para a sociedade hoje em dia, não só para os adolescentes mas até para os adultos. Infelizmente o machismo continua a imperar na nossa sociedade.

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  5. Oi
    Eu adorei a sugestão é maravilhosa, não conhecia a autora. É muito importante tratar de assuntos como Machismo e Feminismo...

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  6. Muito boa sugestão, o livro parece ser bem interessante, com certeza vou querer ler!

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  7. Que legal, nao conhecia o livro e achei o máximo ter virado adaptação. Gostei da resenha! Top!

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  8. Amei a resenha! Sou super feminista e tenho orgulho dessa palavra! Vou ler o livro e assistir a produção da Netflix

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  9. Que post incrível, ser feminista é um motivo de orgulho. Parabéns pelo post 😊

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  10. Oi Cila! Oi Bel!

    Praticamente não sei nada deste livro, mas minha filha está de olho nele para ler. Tanto que ela está com ele no Kindle para ler. Achei sua opinião bem interessante, acho que vou embarcar nessa história também e saber mais sobre Machismo e Feminismo, porque são assuntos importantes e sempre é bom ter mais informações. Obrigada pela dica e parabéns pela resenha.

    Bjos
    https://consumidoradehistorias.blogspot.com/

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  11. Olá!
    Amei a resenha, ótima escolha de leitura para este mês! Bom, eu li também e amei demais, realmente é um livro mais voltado para o publico adolescente mas consegue passar muito bem a mensagem de como a união das mulheres pode e deve continuar mudando o mundo!

    Beijos!

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  12. Vi esse livro em todo lugar no instagram pelos igs literários devido o lançamento da Netflix. Todo mundo recomendando e agora sei o motivo. A mensagem que o livro traz é importante e dá uma abertura para debater entre adolescentes, adorei!

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  13. Oi Bel.

    Eu só vim descobrir a existência desse livro por causa do filme que saiu mês passado na Netflix que ainda não tive oportunidade de ver. Eu adorei a premissa dese livro, é sempre muito bom uma história de revolução na escola ainda mais quando traz um tema tão importante, espero ter a oportunidade de ler esse livro em algum momento.

    Beijos!
    Eita Já Li

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  14. Oi, tudo bem? Eu estava para ler este livro há uns bons 3 anos, mas aí assisti ao filme da Netflix e fiquei muito empolgada e, finalmente, comprei o livro. Eu já passei da metade e estou gostando muito. Só acho que é um feminismo meio branco demais, não fala de uma real interseccionalidade, além disso não se apoia muito no feminismo real (teórico). Entendo que seja uma história para jovens, mas acho que ficaria mais rica se se apoiasse mais nas teóricas feministas reais, por exemplo. Se não me engano, a Lucy é bem mais politizada e traz um pouco disso, mas é muito jogado na narrativa, não contextualiza e tal. Sobre o Riot Grrrl, tô pra assistir ao documentário da Kathleen Hanna, porque me inspirou muito depois de assistir ao filme. Gostei da resenha, fazia tempo que eu não lia uma resenha deste livro!

    Love, Nina.
    www.ninaeuma.blogspot.com

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