Resenha do Livro: Os Bons Segredos!!!!!!

É com muita emoção que eu os convido a descobrirem quais são os bons segredos da vida!!!!

Livro: Os Bons Segredos
Autora: Sarah Dessen 
Editora: Seguinte
Páginas: 403
O Cantinho Indica: 5/5 Favorito!!!! 

Os Bons Segredos:

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Sinopse:

Sydney sempre se sentiu invisível, já que Peyton, seu irmão mais velho, era o foco da atenção da família. Até que ele causa um acidente por dirigir bêbado, deixando um garoto paralítico, e vai para a prisão. Sydney parece ser a única a responsabilizá-lo, ao contrário de seus pais, que enxergam o filho como vítima.Para fugir do clima insuportável em casa, certa tarde Sydney entra numa pizzaria ao acaso. Lá conhece Layla, filha do dono do restaurante, e a amizade entre as duas é instantânea. Logo Sydney se vê contando à garota segredos que ninguém mais sabe, e encontra entre a família dela um espaço onde todos a enxergam e a aceitam como é. Os bons segredos é o romance mais profundo de Sarah Dessen, uma das maiores referências do gênero jovem adulto nos Estados Unidos. Com uma série de personagens inesquecíveis e descrições gastronômicas de dar água na boca, ela conta a história de uma jovem que tenta encontrar seu lugar no mundo e acaba descobrindo a amizade, o amor e uma nova família no caminho. Há segredos muito bons para serem guardados - e livros muito bons para serem esquecidos.

Confiram a Resenha!!!!!!!

RESENHA: OS BONS SEGREDOS

O Cantinho Abre o Coração!!!!

Foi Lindo!!!!! Lindo!!!! Lindo!!!!!

É uma tarefa difícil escrever essa resenha, pois me deparei com uma obra única, singela, que tocou meu coração de uma forma especial. Confesso que ainda estou tentando alcançar todo o seu significado, pois a autora é mestre em sutilezas.

Eu vi beleza e simbolismo pontuados em todo o livro. Essas características estão bem fortes na forma como ela conduz sua história.

E também senti certo tom de melancolia em seu texto. Além de um quê poético ao nos mostrar, em tempo real, pequenas imagens, sensações, que traduziam a percepção da personagem sobre o cenário, sobre as pessoas e sobre ela mesma. E que no futuro se tornariam recordações dos momentos mais marcantes vividos por ela.

E o incrível, foi que ela fez isso com o leitor também. Eu terminei o livro com algumas cenas que irei guardar. Nunca vi nenhum autor conseguir fazer isso antes. Vocês precisam ler para entender. Sua história está cheia daqueles instantes simples da vida que são inesquecíveis, que significam tudo, que mudam tudo.

Eu me rendi à autora desde a primeira página, não conseguia me desvincular dos personagens. Foram muito bem construídos, com complexidade, com profundidade. 

Preciso destacar que, de forma despretensiosa, ela irá nos colocar em contato com Eric e nos induzir, a princípio, a não levá-lo a sério, a não prestar atenção nele. Como se sua função fosse apenas dar leveza a trama com humor, compor o conjunto. Mas eis que eu fui surpreendida com o seu conteúdo.

Foi nessa hora que parei e olhei para eles e percebi que todos eles tinham algo a dizer, não duvidem. 

Eles são de verdade. Suas emoções são de verdade. Seus dramas são de verdade. Talvez esse seja o trunfo da autora. 

De uma maneira muito particular, iremos nos envolver e descobrir todas as nuances desse enredo a partir da sensibilidade de Sidney. Ela é a narradora.

E se preparem para o final!!!

Gradativamente uma tensão será formada: O cerco foi se fechando em torno de Sidney, e eu fui ficando cada vez mais aflita. É como ver a onda se aproximando, ter a consciência de que ela irá lhe levar e não poder fazer nada, só esperar. 

Até que ela está diante de você.....

Nesse exato momento, a autora me surpreendeu: foi emocionante, eu amei!!!! Eu senti um misto de alívio e de esperança: eles viram. Pela primeira vez, eles viram!!! Então eu soube que eles iriam ficar bem.

Parte Física: A imagem na capa carrega o simbolismo que envolve o significado do título. Simplesmente perfeita!!! Ela é feita de um material levemente aveludado. E as folhas são amarelas em respeito ao leitor, para não prejudicar sua vista.

Um Retrato Distorcido...

Essa é uma das minhas cenas preferidas, está carregada de significado.

A autora irá abrir a porta da casa deles.

E o que eu vi foi um culto a Peyton: eles o tinham como o filho medalha. E Sydney? Bem, ela recebeu o papel de coadjuvante. Era a família perfeita. Os pais tinham tudo sob controle. Era um time que estava vencendo. 

Mas a impressão que eu tive, foi que a autora estava me desafiando a encontrar uma falha, como se fosse o jogo dos sete erros. O que estava faltando? O que eu não estava enxergando? Nada fora do lugar, arrumada demais.

E a narrativa vai crescendo, criando certa apreensão, como se estivéssemos deixando algo importante passar. Até que era tarde demais. A polícia aparece com Peyton.

Nessa hora temos a consciência de que aquela casa estava com rachaduras o tempo todo, e eles não foram capazes de perceber até que ela desmoronou. 

Essa foi a primeira vez, tiveram outras. Um erro atrás do outro.

Aos olhos de Sydney e dos pais parecia que ele estava se tornando outra pessoa, um desconhecido, e eles não aceitavam e faziam de tudo para trazê-lo de volta.

Eles não estavam preparados para isso. A verdade é que não esperavam, estavam tão cegos com a imagem que fizeram de Peyton, com os planos que fizeram para ele, com as expectativas que depositaram nele, que não o enxergaram, não o viram indo embora, se afastando deles. 

Até o dia que ele rompe as regras e eles prestam atenção.

Mas nem assim eles quiseram acreditar. E começaram a mentir para si mesmos, desesperados tentaram resgatá-lo, mas não queriam quem ele era, não se preocuparam em descobrir quem ele era, e sim agarraram a missão de recuperar quem eles queriam que ele fosse de volta.

Mas a verdade é que ele nunca foi essa pessoa. 

Quem é Peyton?

Foi a pergunta que me fiz o livro inteiro.

A autora começa com um modelo e gradativamente vai desconstruindo essa imagem de perfeição diante de nossos olhos até se aproximar do verdadeiro Peyton.

Vocês podem se surpreender, como eu quando o conheci.

Novamente aqui, eu tive aquela certeza de que todo mundo tem algo a dizer.

A Mãe:

Minha personagem preferida, a mais complexa, a que mais me incomodou, a que me mexeu comigo. Ela tem o dom de me colocar em sua defesa e no segundo seguinte me arrepender por isso. Se esse livro fosse adaptado para o cinema, eu lutaria por esse papel. Eu gostaria muito que ela tivesse compartilhado a narrativa com Sidney.

Julie Stanford não conhecia o conceito da derrota.

Por isso não podia aceitar a sentença de que tinha falhado com Peyton. Em minha opinião, ela entrou em negação. 

Ela não falava em voz alta o que ele fez. Ela não pronunciava o nome de David Ibarra, o menino que perdeu todo seu futuro e agora está em uma cadeira de rodas por um ato de Peyton.

Outra mãe em seu lugar, teria ido visitar David, pelo menos eu teria essa necessidade, de me desculpar, de fazer alguma coisa. Eu não conseguiria conviver com essa culpa, pois acredito que todo mãe e todo pai toma para si a responsabilidade dos atos de seus filhos.

Agindo dessa forma, é como se não fosse real. 

Então, ela tentou. Ela fez de tudo para levar um pouco do que ele sempre teve em casa para a prisão onde ele estava. Como se tentasse dizer que nada mudou. Como se esforçasse para ele acreditar que de que ali não era de fato uma prisão. 

Mas no fundo, era ela que precisava se convencer...

Como ela poderia não lutar por ele? Como ela poderia dormir tranquila, sem fazer nada, seguir com sua vida, enquanto esperava pelo dia de sua volta?

Ele era seu filho. Não se espera outro comportamento de uma mãe.

E esse foi seu erro. Tudo o que ele precisava agora era ter total consciência de onde estava e da gravidade do motivo que o levou até lá. Tinha quer ser duro. Tinha que ser difícil. 

Acredito que ela adiou enfrentar a verdade o máximo que pode. Não é fácil para ela aceitar que perdeu o controle de sua família. Por isso ela tentou segurar o máximo que pode e acabou o sufocando. 

Eu a entendi. Eu me solidarizei com sua dor. Mas também fiquei revoltada e com muita raiva do que ela estava fazendo tanto com Peyton quanto com Sydney.

Sydney:

Tem alguém em casa? Ela não queria voltar. Ela se sentia triste, passava muito tempo sozinha, esperando que alguém chegasse para lhe fazer companhia.

Tem alguém ouvindo? Nunca!!! A mãe não tem tempo para percebê-la. Quando Sydney quer alguma coisa, precisa fazer uma pergunta, ou contar algo importante, acaba recuando, desistindo. O pai simplesmente passa a maior parte do tempo se retirando para não ter que se posicionar ou se responsabilizar. Ele sempre apoia a mulher, é mais fácil do que enfrentá-la. 

Alguém realmente sabe? Os pais não sabem nada da vida dela. Peyton não é prioridade, Peyton é simplesmente tudo, ocupa todo o espaço. Não sobra nada para ela. Era como se fosse egoísmo da parte dela querer ter uma vida enquanto a dele estivesse em suspenso. Isso não era justo.

Ela esteve invisível por tempo demais!!!

Até que ela entrou na Seaside Pizza e tudo começou....

Assim que ela abriu a porta, eu já me senti acolhida. Era uma pizzaria familiar. 

Sydney não precisou fazer nada de extraordinário, ou dizer algo inteligente para que gostassem dela. Layla apenas estava lá e com um gesto tão comum, lhe passou um pirulito. Essa foi uma das cenas mais lindas do livro!!!

E com essa vieram muitas outras. Todas igualmente únicas pela grandeza dos sentimentos que carregavam.

Eles a notaram. Eles a enxergaram. Eles a amaram. Ela conquistou um lugar naquela família. 

Com eles, ela nunca foi a irmã de Peyton. Pela primeira vez, ela era a Sydney.

Eles foram as minhas pessoas favoritas!!! Todos eles são admiráveis!!! A forma como enfrentaram seus problemas, se apoiando, sempre como família, me encheu de amor!!!

Eles são o meu lugar preferido, aquele para guardar no coração!!!

Ponto Alto do Livro:

O som do martelo é algo que você não esquece: ele torna real o pesadelo. 

Como se você tivesse até o derradeiro movimento uma chance de voltar. De consertar. De provar que tudo não passou de um engano. 

Porém, ele é definitivo. Está escrito: você é o que você fez. Torna-se uma verdade incontestável aos olhos da sociedade. Não há perdão. 

Mas Peyton não entrou sozinho naquela cela: todos eles foram sentenciados naquele tribunal.

Naquela noite, sua irmã e seus pais também foram suas vítimas. Eles teriam que viver, todos os dias, com as consequências do que ele fez. 

Tudo mudou. Parecia um fim.

Mas a autora deu a eles a chance de um começo, esse é o ponto alto da história!!!

Um começo como família. Eles estavam aprendendo muito uns sobre os outros. Eles estavam ouvindo. Eles estavam finalmente enxergando a verdade sobre eles. Construindo uma relação.

E nessa hora ela nos surpreende: todos nós, em algum momento, nos tornamos invisíveis. Quando escondemos nossos sonhos. Quando escondemos nossos sentimentos. Quando escondemos nossos medos. 

Esses não são os bons segredos. 

Quais são???

Vocês vão ter que ler para descobrir, risos...

  

Troféu do Cantinho: Favorito do Ano!!!!!

• Agradecimento Especial:

À querida Patty Oliveira do Blog Amigo Viagens de Papel, que generosamente me indicou para participar da ação promovida pela Editora Seguinte. Muito obrigada, você é um amor!!!

À Editora Seguinte que generosamente cedeu o exemplar para resenha. Muito obrigada, eu amei o livro!!!

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