Resenha do Livro: Correndo Descalça - Editora Verus

Boa noite Leitores do Cantinho!!!!

Hoje tem resenha da Maria Eduarda, a Duda. Ela falou sobre o lançamento de 2018 da Verus, o novo livro da autora Amy Harmon, conhecida por suas obras: "Beleza Perdida" e "Infinito Mais Um".


Livro: Correndo Descalça
Autora: Amy Harmon
Editora: Verus
Páginas: 308

O Cantinho Indica: 4/5  





Correndo Descalça!!!


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Sinopse:

Um romance emocionante sobre amizade, amor e família, da autora de Beleza perdida. Quando Josie Jensen, a desajeitada menina prodígio da música, conhece Samuel Yates, um garoto confuso e revoltado descendente dos índios navajos, uma amizade improvável floresce. Apesar de ser cinco anos mais nova, Josie ensina a Samuel sobre palavras, música, sonhos, e com o tempo eles formam um forte vínculo de afinidade e amizade. Após se formar no colégio, Samuel abandona a cidadezinha sonolenta em busca de um futuro e uma vida diferente, deixando sua jovem amiga de coração partido. Muitos anos depois, quando Samuel retorna, percebe que Josie necessita exatamente das coisas que ela lhe ofereceu na adolescência. Agora adultos, é a vez de Samuel ensinar a Josie sobre a vida e o amor e guiá-la para que ela encontre seu rumo, sua felicidade. Profundamente romântico e emocionante, Correndo descalça é a história de uma garota do interior e um garoto indígena, sobre os laços que os ligam a suas casas e suas famílias e sobre o amor que lhes dá asas para voar.




Confiram a Resenha!!!!!!! 




 RESENHA: CORRENDO DESCALÇA





     Como decidir qual o próximo livro que vamos ler? É tão difícil escolher. Dessa vez eu não pensei muito. Bastou olhar para essa capa e eu sabia que seria ele. Isso também já aconteceu com vocês? Amy Harmon estava nos meus planos desde o sucesso com o livro “Beleza Perdida”, que eu ainda não tive a oportunidade de ler. Mas agora eu entendo todo o burburinho em torno da autora. Ela tem uma sensibilidade ímpar. Eu terminei o livro inspirada e realizei uma pequena experiência, pois me senti muito ligada aos personagens. Eu fiz questão de procurar o significado de cada palavra do sumário. Eu já conhecia a maioria e sabia que tinham relação com a música, mas fui confirmar. Por que estou contando isso? Lendo a resenha vocês irão descobrir.

    Tudo aconteceu em uma pequena cidade chamada Levan, que fica em Utah, no norte dos EUA. Ela foi fundada em 1860 por dinamarqueses que vinham em busca de um lar para fincar raízes e criar suas famílias. (No fim do livro, a autora faz uma nota dizendo que essa cidade existe e que ela cresceu nela). Com a construção da estrada nova, a cidade não aguentou e entrou em decadência. Muitos foram embora. Vários estabelecimentos fecharam. Para estudar, eles precisam viajar até a cidade mais próxima. O que sobrou para quem ficou? Tudo se resumia a rua principal, onde o comércio era apenas o básico para eles sobreviverem. Havia ainda uma Igreja e um posto dos Correios. Cada um tinha uma habilidade, então, quando precisavam, sabiam a quem recorrer: a parteira, o cozinheiro, a costureira, o ferreiro, o padeiro. 

     Mas era um ótimo lugar para se viver. Todos se conheciam e um cuidava do outro. Nossa personagem estava prestes a completar nove anos, quando comprovou o que era ser abraçada pela cidade: perdeu sua mãe para o câncer. Josie Jansen vivia com seu pai e seus três irmãos em uma fazenda. Cada um se isolou em sua própria dor e todos mergulharam no trabalho para lidar com um dia após o outro. Eles precisavam dela na casa, então, foi natural àquela garotinha assumir o lugar de sua mãe: cozinhando, lavando, pagando as contas. Foi assim que Josie preencheu a falta dela: tomando conta de todos. Se tornando necessária. Amá-los tornou tudo mais fácil. Mas também a deixou cada vez mais solitária. 

     Quando estava prestes a completar treze anos, Samuel Yates (neto de Don e Nettie Yates, os vizinhos que moravam em frente a sua casa) entrou em seu caminho e a salvou de um garoto inconveniente. E desde esse dia passaram a sentar juntos no ônibus que os levava para a escola em Nephi. Josie tinha cabelos claros e olhos azuis, herança de seus ancestrais dinamarqueses. Samuel era metade índio (sua mãe era de um clã dos navajos), metade branco. E esse era exatamente o seu problema: não era aceito por nenhum dos dois lados. Ele estava bravo, revoltado. Tinha sido expulso da escola da reserva e veio morar com seus avós paternos para terminar o último ano do ensino médio. Ele precisava de um diploma para entrar no Corpo dos Fuzileiros. E foi através dessa amizade improvável com Josie que ele encontrou seu lugar no mundo.

     Amy Harmon me deixou apaixonada por Josie e Samuel. Ela trouxe dois personagens solitários. E os dois eram diferentes dos outros e não se encaixavam. E tinham um evento trágico em comum que foi responsável pela completa mudança em suas vidas: ela perdeu sua mãe e teve que virar adulta antes do tempo; ele perdeu seu pai, e por isso foi obrigado a abandonar a vida feliz que tinha e ir morar com sua mãe e o padrasto na reserva. Ela estava escondida em seu casulo e ele bem no olho do furação de uma guerra de raças. Eu gostei muito da opção da autora por trazer um mestiço. Ele não era branco nem índio, era uma mistura. E não existe lugar para misturas. Era rejeitado por todos. Só achei que a autora perdeu uma grande oportunidade ao não colocar Samuel narrando também. Ela poderia ter desenvolvido mais essa questão sob o ponto de vista dele. Temos mais explicações sobre o que aconteceu, do que a ação em tempo real. 

   Mas mesmo com essa estrutura, a autora conseguiu criar uma conexão entre os personagens indescritível. Eles dividiam o silêncio todos os dias na viagem de ida para a escola e volta para casa. E foi através de um livro, que ele teve coragem de se aproximar dela. Ficaremos tocados ao ver como era difícil para ele se tornar vulnerável aos olhos dela. Ele precisava de ajuda. Mas estava na defensiva. Muitos o machucaram. Mas ela com sua doçura e honestidade conseguiu ultrapassar suas barreiras. Eles formaram um laço muito bonito. E assim nasceu o clube de leitura deles. Durante o caminho liam “O Morro dos Ventos Uivantes” e procuravam no dicionário todas as palavras que não compreendiam. 

A interação deles nessa hora será incrível. Os dois irão discutir o caráter, e o comportamento de Heathcliff. Mas nós leitores saberemos o momento exato em que Josie e Samuel deixam de falar do personagem e passam a falar sobre seus próprios sentimentos. Teremos outras referências literárias, escolhidas a dedo pela autora para ilustrar o drama de cada um deles. E o uso de muita sutileza e delicadeza no texto para não falar sobre o que está crescendo entre eles. Sabemos que é amor, mas as palavras não podem ser ditas. É impróprio. É inadequado. É errado. Ela tem 13 anos e ele 18 anos. Por isso ele foi nobre. Sua vontade de amá-la teve que ser refreada. Mas ela não entendia. Ela queria seu amigo de volta. Esse era um estranho. No decorrer dos anos, iremos acompanhar Josie crescendo, se tornando adulta, e Samuel encontrando seu caminho. E foi justamente nessas passagens de tempo que a autora quebrou um pouco o ritmo da história e tirou um pouco da emoção do final. Eu também senti a falta de reviravoltas. Por isso não considerei um livro perfeito. 

    Agora eu adorei a forma como a autora enriqueceu seu enredo. De um lado, temos os costumes da cidade pequena. Do outro, as lendas e o modo de vida dos índios navajos. Ela ainda irá falar da vida de alguns compositores, já que Josie tocava musica clássica. Teremos também um personagem muito importante: Sonja Grimaldi, sua professora de música. Mas o que me impressionou mesmo foi a percepção da música. Estava na alma de Josie.

Por fim, não posso deixar de falar, que nem todos conseguem com que o leitor sinta um amor tão puro e verdadeiro como esse, como Amy Harmon o fez. Mas foi mais do que isso, os personagens alcançaram uma compreensão da essência um do outro. Espero que todos possam ler esse livro, pois com certeza é uma história tocante.

Beijos.

Duda.








(Resenha da Maria Eduarda)






Contato com a Editora:









10 comentários

  1. Oi, Cila!
    Resenha gostosinha, história linda. Dá vontade de ler, mas estou com uma pilha para setembro. Vou anotar! Obrigada por partilhar!
    Grande abraço,
    Drica.

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  2. Oi Duda!
    Eu tbm nunca li nd da Amy harmon, mas preciso muito! Tenho o Beleza perdida!
    O Correndo descalça parece ser muito sensível msm, adoro histórias em q o casal começa na amizade e dps vira amor <3
    Bjs
    https://acolecionadoradehistorias.blogspot.com

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  3. Olá, sou louca para ler algo da autora, achei a premissa interessante, mas confesso que Beleza Perdida me atraiu muito mais, mas ainda não tive chance de ler.
    Ainda assim achei interessante a já vai para minha lista de desejados.
    Amei

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  4. Olá, tudo bem? Sempre quis ler os outros livros da autora, mas ainda não consegui. Adorei tua resenha e fiquei louca para ler esse livro novo dela, que parece ter uma história linda e tocante.

    Beijos,
    Duas Livreiras

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  5. Olá
    Eu estou bastante curiosa em relação a essa historia do Samuel ser mestiço e não se encaixar em lugar nenhum e a de Josi que perdeu a mãe e teve que assumir as responsabilidades. Me parece ser um livro emocionante de se ler dica anotada

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  6. Oie tudo bem? O livro parece trazer uma história muito bonita e tocante, fiquei curiosa pra ler. Gostei da sua avaliação e os pontos que vc ressaltou foi o que me deixou interessada, pois lendo apenas a sinopse e vendo a capa talvez eu não desse uma chance...

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  7. Oiii Duda

    Que capa linda e eu adorei a premissa, parece ser intenso e envolvente, arrebatador de verdade. Com certeza vou anotar esse livro.

    Beijos

    www.derepentenoultimolivro.com

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  8. Oi, Duda!
    Olha, essa capa também me atrai muito, viu?! Eu acho a premissa muito interessante e gostei de conferir a sua opinião com a leitura. Parece ser exatamente o tipo de livro que me agrada.

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  9. Oi Duda!
    Que bom você curtiu tanto a leitura, espero gostar tanto quanto você e espero ter tempo para lê-lo em breve, tudo anda tão corrido, mas com certeza tirarei um tempinho pra ele. Parece ser um livro muito tocante.
    Abraços

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  10. Olá, tudo bem Cila?

    Confesse que não conhecia esse livro da Editora Verus, achei a capa bonita e a premissa muito interessante. Fico feliz que tenha gostado da leitura, parabéns pela resenha e certamente vou anotar a sua dica.
    Abraço!

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