Resenha do Livro: A Livraria dos Achados e Perdidos- Susan Wiggs!!!

Boa Noite Leitores do Cantinho!!!

Estamos na Edição de 2021 do Junho dos Namorados no Calendário Literário do Cantinho para Leitura!!!

E a dica de hoje é o livro "A Livraria dos Achados e Perdidos" da querida autora best-seller nº 1 do New York Times, Susan Wiggs. Seus romances estão sempre na lista de mais vendidos do New York Times!!!

Não percam a resenha da Duda!!!



Livro: A Livraria dos Achados e Perdidos
Autora: Susan Wiggs
Editora: Harlequin Books
O Cantinho Indica: 3/5  

 


A Livraria dos Achados e Perdidos!!!




Sinopse:


Após uma tragédia, Natalie Harper herda a charmosa, mas praticamente falida, livraria de sua mãe, localizada num prédio histórico no centro de São Francisco, na Califórnia, e a responsabilidade de cuidar do seu avô Andrew, cada vez mais debilitado.Com a recusa de Andrew em vender a loja, Natalie deixa sua antiga vida ― segura, confortável e previsível ― para trás e volta para São Francisco determinada a recuperar a livraria que um dia foi seu lugar favorito no mundo. Porém, sua vida se parece mais com um livro de horror do que com um conto de fadas. O prédio está caindo aos pedaços, as dívidas se acumulam rapidamente, a saúde do avô entra em declínio e ela não consegue ver uma luz no fim do túnel.Natalie precisa de um sinal, ou pelo menos de um livro que a ajude a resolver seus problemas, mas em vez disso recebe Peach Gallagher, contratado por sua mãe para fazer reparos no prédio. À medida que Peach começa seu trabalho, Natalie se vê envolvida numa jornada de novas conexões, descobertas e revelações, de artefatos antigos escondidos nas paredes da livraria até verdades inexploradas sobre sua família, seu futuro e seu coração.


Confiram a Resenha da Duda!!!!!!!


RESENHA: A LIVRARIA DOS ACHADOS E PERDIDOS


Essa era a minha aposta para um romance romântico, daqueles só para suspirar um pouco. Eu queria algo leve. E é exatamente o que poderíamos ter encontrado aqui, apesar do drama dos personagens. Pena que a autora o relegou para as últimas páginas, já no fim. E assim, “A Livraria dos Achados e Perdidos” acabou sendo uma leitura para passar o tempo, sem grandes emoções. Uma história com certo charme e apelo ao coração dos apaixonados por livros, que irão se deliciar com esse cenário. 

Tudo começa no prólogo. Natalie Harper está prestes a fazer um discurso no velório de sua mãe. O que ela poderia dizer sobre a vida de Blythe Harper que fizesse jus a ela? Como poderia explicar o que a mãe significava para ela? Mas a verdade, é que precisava enfrentar a grande questão: como conseguiria seguir em frente? 

Em seguida, a autora nos levará a uma semana antes desse dia, para entendermos como era sua vida e como o acidente que levou sua mãe aconteceu. Iremos descobrir que Natalie trabalhava com gerenciamento da tecnologia de informação e logística. Não era algo que gostasse de fazer. Mas era um emprego estável. Ela precisava de segurança financeira. Esse dado sobre ela se provará muito importante ao longo do enredo. E também conheceremos Tess sua melhor amiga.

Adiante o terreno será preparado para uma reviravolta. Uma tragédia acontece, o que força Natalie a enxergar o quanto estava errada sobre as pessoas em sua vida. O que a faz pensar muito em sua mãe. E o que realmente sabia dela. Sobre o que a deixava feliz. Sobre a vida que elas tiveram. O que a remete a seus dias de infância e adolescência. Como ela era intimidada na escola, por ser a única garota pobre. Como ela se envergonhava da condição delas e como desejava uma vida além de seu alcance. 

Mas estar de volta à Livraria dos Achados e Perdidos despertou outras lembranças também. O amor de sua mãe pelos livros. Sobre seu poder de sempre encontrar um deles com a palavra certa para resolver qualquer problema. Era doloroso e nostálgico achar os marcadores e citações com a letra dela por todos os cantos. Ela trabalhou dia e noite para manter essa livraria. Elas sempre moraram com seu avô Andrew no mesmo prédio.

Agora o lugar estava cheio de dívidas que eles não podiam pagar. Sabemos que a construção estava em ruínas. Mas naquele momento, o mais importante era tornar o local acessível para o avô Andrew. Eles precisavam fazer algumas adaptações para suprir suas necessidades, depois do tombo que ele levou e por conta dos riscos de sua doença. Ele estava com demência. No desespero, ela abandona seu trabalho previsível e seguro e embarca na aventura de salvar a livraria e cuidar de seu avô.

O que dizer sobre A Livraria dos Achados e Perdidos? Eu adorei a premissa desse enredo que gira em torno desse prédio antigo, onde fica a livraria e a casa deles. Ele foi o lar de algumas gerações da família dela. Por isso está cheio de histórias para contar. E a autora teve uma idéia criativa para introduzir o passado no texto. Antes que o avô perdesse a memória de forma definitiva, ele embarcou em um projeto, inicialmente com sua filha, e depois de sua morte, continuou com sua neta, para descobrir o que aconteceu com seus avôs e seus pais, na época em que viveram ali. Nesse ponto, veremos algumas referências históricas, como o terremoto de 1906 em São Francisco e a Guerra das Filipinas.

Eu gostei muito de como esse projeto serviu para unir a neta e o avô. E do sentimento de que ela estava fazendo algo por ele, diante da verdade de que não poderia fazer nada. Ele era sua única família e ela o estava perdendo para a doença. Iremos ver a personagem assumindo responsabilidades por uma vida da qual não tem controle. Seu dia-a-dia era literalmente descobrir novos problemas e tentar dar o melhor de si para encontrar uma solução. Ela estava arriscando tudo por que trabalhou sua vida inteira, jogou para o alto sua segurança e estabilidade financeira. Para se ver diante de um beco sem saída. Em vários momentos ela irá se sentir sozinha e terá muitas saudades da mãe. 

A autora descreveu com muita delicadeza e sensibilidade a jornada de Andrew. Foi uma decisão acertada dar voz ao personagem para que ele nos contasse como a doença age, como ela progride a cada dia. Qual é a sensação de olhar para a neta e enxergar a filha. De olhar para si mesmo e não se reconhecer. Da confusão em seus pensamentos. Do desespero de ter a consciência do que irá lhe acontecer. Da crueldade de esquecer constantemente que a filha morreu para depois lembrar e reviver a perda de novo, e de novo e de novo. Ele ainda irá demonstrar atitudes que comprovam a força do seu caráter e o grande coração que possui. Por isso foi inevitável ele se tornar meu personagem preferido. 

Mas ainda se destacam a linda garotinha Doroty e seu pai PeachGallagher. Dá vontade de abraçar essa menina! Ninguém precisa de milagres quando a tem por perto, roubando a cena. Peach foi contratado para fazer as obras, e acabou sendo mais do que um faz tudo. A forma como ele foi introduzido no texto passa a mensagem de que sua presença representava um sinal. Ele era tudo o que eles precisavam. Como se a mãe dela, de alguma forma, ainda estivesse cuidando deles. Ou, podemos acreditar que foi o Destino. Ele apoiou Natalie e Andrew na luta para manter a livraria, ele os ajudou a enfrentar o luto, ele estava lá nos momentos difíceis da doença de Andrew. 

Não há como negar o potencial que a obra tinha para me encantar e se tornar favorita. Uma pena que a autora não soube aproveitar as tramas, deixando literalmente tudo para as últimas páginas. O romance, uma surpresa e um mistério. Em poucas linhas eles foram apressadamente citados, perdendo todo o impacto e as emoções que poderiam ter gerado no leitor. E para mim, ficou claro, desde o início, que a grande protagonista era Blythe Harper. Aquela livraria era o coração e alma dela. Achei que ela foi pouco trabalhada, a autora poderia ter desenvolvido mais o seu papel, principalmente por algo do seu passado que será revelado.  

Assim, se você não se incomoda com finais corridos, e precisa apenas de algo simples e leve para intercalar com as leituras mais densas e pesadas, essa é uma boa dica para distrair. 


(Resenha da Duda)




Confiram:


Confiram a Edição 2021 do Junho dos Namorados





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