[Sessão Cinderela]: Resenha do Filme O Ódio que Você Semeia

A Sessão Cinderela é uma coluna fixa do Cantinho que traz resenhas daqueles filmes que foram adaptados de livros que fizeram um grande sucesso!!! 

E hoje temos uma edição especial para o mês da Consciência Negra.  Ontem vocês conferiram a resenha do Livro O Ódio que Você Semeia. Agora vamos falar sobre a adaptação.

Quando o relógio da Blogosfera tocar 12 badaladas, como na história da Cinderela, nós teremos um encontro marcado com as melhores histórias dos estúdios cinematográficos!!!!

Estão preparados???

O ponteiro virou: meia-noite!!!!! E o filme é..........

O Ódio que Você Semeia: 

Crédito da Imagem: Adoro Cinema

Livro ou Filme?

Livro!

Eu marquei muitas passagens no livro, que possui várias frases de impacto, com lições, reflexões que vou carregar comigo. Então, os diálogos estavam frescos em minha memória. Por isso, assistir ao filme logo em seguida, me causou aquela estranheza no início.

É difícil adaptar qualquer filme, mas principalmente esse, que tem muito a dizer. Eles precisaram cortar muita coisa. E diminuíram o papel de todos os personagens que foram mantidos na produção. Além disso, senti a falta do personagem DeVante, que tem um papel importante no livro e não foi colocado no filme.

Senti muita falta também do irmão mais velho de Starr, Seven. Ele está completamente apagado no filme, parece que fez só uma participação. Enquanto no livro, ele vive um drama muito complicado e tem uma voz muito ativa na vida de Starr e daquela família. Outro que teve seu papel diminuído foi o namorado de Starr, Chris. Ele vai crescer ao longo do livro, e ganhar espaço no final da história. No filme, ele foi retirado no momento crucial, o deixaram de fora. Mas acredito que ainda assim conseguiram passar a mensagem da opção que ele fez em apoia-la. De estar do lado dela.

Preciso falar sobre os pais e o tio da personagem Starr. Quem leu o livro sabe a força que eles representam e a complexidade de cada um deles. Como colocar tudo no filme? Não colocaram. O resultado: alguns diálogos soaram forçados. Em alguns momentos, as cenas passavam de uma para a outra, sem naturalidade, sem aquela sensação de continuidade. Parecia que foram cortadas.  

Percebi que eles alteraram a ordem de alguns acontecimentos e tiveram que contar a história com algumas modificações, trazendo cenas que não existem no livro, mas que funcionaram nas telas. 

Como uma imagem, às vezes, vale mais do que mil palavras, eles aproveitaram e transformaram uma briga na escola em uma cena difícil de esquecer. Não foi assim que aconteceu no livro. Eles pegaram pesado. 

E pegaram pesado também no final. Que final!  É algo que você não quer olhar, mas precisa olhar. Eu chorei nessa cena. Foi forte, bem impactante. Não esperava por isso. E também não tem no livro. Aliás, o final foi mudado não apenas nessa cena, mas nas outras que se seguem. O roteiro seguiu outro caminho. Há um momento especial no desfecho que ficou lindo! 

Apesar dos ajustes, os atores Amandla Stenberg, Regina Hall e Russell Hornsby (respectivamente Starr e seus pais), deram conta do recado e me emocionaram. 

Colocando o livro de lado e olhando só para o filme, eles conseguiram transmitir a mensagem. Eu gostei muito e acredito ser necessário para todos os jovens e adultos. Precisamos de mais vozes como a de Angie Thomas na indústria do cinema e na literatura mundial para conscientizarmos toda a sociedade e promovermos mudanças reais.

Então, vejam o filme, vale a pena. Mas não deixem de ler o livro, para mim ele foi perfeito demais!

                         Trailer:

Título no Brasil: O Ódio que Você Semeia

Direção: George Tillman Jr.

Estreia no Brasil: 06/12/2018

Fox

📌Cabine de Imprensa Literária: Livro ou Filme???

📖 Resenha do Livro O Ódio que Você Semeia

📺 Crítica do Filme O Ódio que Você Semeia








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