[Especial Um Autor]: Resenha do Livro A Guerra que Salvou a Minha Vida - Kimberly Brubaker Bradley

Boa tarde Leitores do Cantinho!!!!

Essa semana iniciamos o mês Janeiro para Lembrar das Guerras, no Calendário do Cantinho para Leitura. E inauguramos uma coluna nova: Especial Um Autor Edição 2021,  com a autora Kimberly Brubaker Bradley. 

Para quem perdeu e quer conhecer mais da autora e suas obras premiadas, confira nossa postagem (Especial Um Autor: Kimberly Brubaker Bradley).

Hoje vamos falar do Livro "A Guerra que Salvou a Minha Vida: Quando a Guerra Começa Dentro de Casa". Vencedor do Newbery Honor Award, primeiro lugar na lista do New York Times e adotado em diversas escolas nos Estados Unidos. 

Ganhou o  Schneider Family Book Award e o Josette Frank Award, além de ter sido eleito entre os melhores livros de 2015 pelo Wall Street Journal, a revista Publishers Weekly, a New York Public Library e a Chicago Public Library, entre outros

Sua personagem principal Ada e seu irmão, conquistaram o coração de muitos leitores. É impossível não se apaixonar e torcer por eles!!!

Inclusive, esse livro, e também a sua continuação (que vamos trazer ainda essa semana), se tornaram não só queridos, mas também  favoritos  por blogueiros, youtubers e leitores. Por isso os dois entraram para nossa Coluna Os Mais Pedidos. 

Por isso vocês não podem perder a resenha da Bel!!!!

Livro: A Guerra que Salvou a Minha Vida- Quando a Guerra Começa Dentro de Casa (Livro 1)

Autora: Kimberly Brubaker Bradley
Editora: Darkside
O Cantinho Indica: 5/5 Favorito!!! 

 

A Guerra que Salvou a Minha Vida!!!

Sinopse:

A Guerra que Salvou a Minha Vida é um daqueles romances que você lê com um nó no peito, sorrisos no rosto e – entre um parágrafo e outro – lagrimas nos olhos. Uma obra sobre as muitas batalhas que precisamos vencer para conquistar nosso lugar no mundo. Ada tem dez anos (ao menos é o que ela acha). A menina nunca saiu de casa, para não envergonhar a mãe na frente dos outros. Da janela, vê o irmão brincar, correr, pular – coisas que qualquer criança sabe fazer. Qualquer criança que não tenha nascido com um "pé torto" como o seu. Trancada num apartamento, Ada cuida da casa e do irmão sozinha, além de ter que escapar dos maus-tratos diários que sofre da mãe. Ainda bem que há uma guerra se aproximando. Os possíveis bombardeios de Hitler são a oportunidade perfeita para Ada e o caçula Jamie deixarem Londres e partirem para o interior, em busca de uma vida melhor. Combinando a ternura de Em Algum Lugar Nas Estrelas, outro título da coleção DarkLove, com a realidade angustiante de O Diário de Anne Frank, A Guerra que Salvou a Minha Vida apresenta uma perspectiva da Segunda Guerra Mundial vista pelos olhos de uma menina que se transforma em refugiada no seu próprio país. Mais uma oportunidade perfeita para emocionar corações de todas as idades e relembrar os valores do companheirismo e da amizade em todos os momentos da nossa vida. Vencedor do Newbery Honor Award, primeiro lugar na lista dos mais vendidos do New York Times e adotado em diversas escolas nos Estados Unidos

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Confiram a Resenha!!!!!!!

RESENHA: A GUERRA QUE SALVOU A MINHA VIDA

Eu sei que é clichê dizer isso, mas até agora estou me perguntando por que eu demorei tanto para ler esse livro. “A Guerra que Salvou a Minha Vida” nos apresenta uma história linda! Gente, meu coração amoleceu pela Ada e pelo Jamie. Com tudo o que eles sofreram. Com a vida tão dura que levaram. Por isso foi tão inspirador e tocante acompanhar a jornada de superação deles. Principalmente de Ada, por isso o livro é narrado por ela. Mas o enredo vai muito além. Fala sobre descobrir o mundo, para depois ter que aprender a viver e se comunicar dentro dele. Fala sobre deficiência, para depois ensinar que ela não nos torna incapazes. Fala sobre amor e fala sobre família. Eu fiquei encantada. Amei esse livro!

Logo no início, a autora deixa bem claro que existem vários tipos de guerra. E que nossa pequena personagem precisa enfrentar uma guerra do lado de fora e outra do lado de dentro de sua casa. Eles estão em Londres no ano de 1939 e já há rumores de que a Inglaterra será bombardeada pela Alemanha de Hitler. Mas a realidade da Segunda Guerra Mundial ainda parece bem distante de Ada. Ela não sabe a própria idade, acredita que tem 10 anos. Seu pé direito é pequeno e torto. Ela não anda, por causa da dor extrema. Rastejar é a única forma que ela encontrou para se locomover. Quando sua mãe não está, ela passa o tempo debaixo da janela, observando o mundo à sua frente. Um que ela não pode alcançar. Que é limitado de muitas maneiras. Nunca foi à rua, sua mãe não permite. Tem vergonha dela. Diariamente a humilha, a diminui, a despreza. Ada passa fome, sofre maus tratos, é agredida fisicamente e verbalmente e sofre castigos que a traumatizaram. Acreditou a vida inteira que é má, e que fez algo muito ruim para ser aleijada. Sim, é assim que a mãe a chama. Ela tem pavor de ficar sozinha, por isso não está reagindo muito bem à liberdade que seu irmão tem de fazer amigos e ir para escola. Ele fica lá fora o dia inteiro, enquanto ela fica presa, sozinha para lidar com essa mãe.

Foi de partir o coração ver que apesar de tudo, Ada acreditou de forma pura e inocente, que se aprendesse a andar, sua mãe não teria mais um motivo para se envergonhar e iria amá-la. Secretamente ela tentou, dando tudo de si. E um dia, com a aproximação cada vez maior da guerra, surgiu uma oportunidade para fugir dali. Visando proteger as crianças, os pais estavam enviando todas elas para o interior. Ada pegou seu irmão e partiu, sem que a mãe soubesse. Eles vão parar em um pequeno vilarejo, em Kent, ainda na Inglaterra. E acabam sendo forçados a morar com Susan, que não escondeu sua recusa em ficar com eles. 

Foi impressionante como a autora quebrou nossas expectativas nesse momento. O mundo que sempre foi negado a ela, e que agora estava em suas mãos, sem mais barreiras, ao mesmo tempo em que era infinitamente melhor, apesar do cenário da guerra, era também excludente. A adaptação deles foi muito complexa. Eles se sentiam à parte, não conseguiam se encaixar ali. Eu fiquei passada, pois eles não sabiam ler e escrever. Não conheciam o significado das coisas mais simples e por isso não entendiam quase nada do que diziam a eles. O que fez Ada se ressentir. Estava sempre com raiva, brava, mal humorada. Tinha muito a dizer e não sabia como. 

A forma como a autora desenvolveu o relacionamento deles com Susan me emocionou. Na maioria do tempo ela não sabia o que estava fazendo. Sempre foi sincera com as crianças em como não se sentia capaz de cuidar delas. Eles terão altos e baixos, pois ela estava trancada em seu luto. Ada, principalmente, será difícil, resistirá ao máximo à aproximação de Susan. E no fim, iremos ver como foram as crianças que deram razão à vida dela. 

Eu amei os personagens secundários também. Todos eles tiveram um papel muito importante em suas vidas e contribuíram para a transformação deles. O pônei Manteiga e o gato Bovril, o Stephen Whit e o coronel Mcpherson, Maggie e sua mãe Lady Thorton e o sr. Grimes. Eles irão estabelecer laços, formando uma comunidade. Ada e Jamie pela primeira vez sentirão que pertencem àquele lugar, àquelas pessoas. Com Susan, eles encontraram um lar e criarão uma família. 

E o final foi marcado por ação e muita emoção. Teremos aquelas duas guerras que mencionei colidindo sobre Ada e Jamie. Segurem os corações! Eu cheguei a ficar arrepiada! Lindo demais! E iremos ver também o quanto a personagem cresceu. Há uma mudança muito grande da Ada do início da história, para a Ada do fim. Vou correndo agora ler a continuação. O que será que me espera?

(Resenha da Bel)

Troféu do Cantinho: Favorito do Ano

 

💕 Especial Um Autor: Kimberly Brubaker Bradley (conheça a autora e suas obras)

💕 Duologia A Guerra que Salvou a Minha Vida (Ler na Ordem):

1) A Guerra que Salvou a Minha Vida: Quando a Guerra Começa Dentro de Casa (Livro 1)

2) A Guerra que me Ensinou a Viver: O Amor Vence a Guerra (Livro 2)







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