Boa noite Leitores do Cantinho!!!!
O Vencedor do Goodreads é uma coluna fixa do Cantinho para vocês conhecerem alguns livros vencedores do Prêmio Goodreads Choise Awards. Como o resultado é liberado apenas em dezembro, as resenhas serão postadas sempre no ano seguinte. Excepcionalmente esse ano, iremos conhecer alguns vencedores da edição de 2018 e também de 2019. Mas atenção! Decidimos que continuações de séries não serão escolhidos.
Hoje vamos indicar o vencedor de 2018, na categoria de Best “Debut Author”(Melhor Autor Estreante): o livro Filhos de Sangue e Osso de Tomi Adeyemi!!!
Vocês não vão acreditar, mas em 2018 o livro venceu o Prêmio Nebula na categoria Prêmio Andre Norton de excelência em livro jovem/adulto de ficção científica ou fantasia (The Andre Norton Award for Outstanding Young Adult Science Fiction or Fantasy Book)!!!
Venceu também o Prêmio Hugo de 2019 na categoria Prêmio Lodestar de Melhor livro Jovem Adulto.
Foi eleito um dos melhores livros de 2018 na categoria infantojuvenil pelo Entertainment Weekly, Amazon, Time, Newsweek e Publishers Weekly.
Alcançou a expressiva marca de 50 semanas na lista dos mais vendidos do New York Times (categoria Livro Jovem/adulto).
E vai ganhar uma adaptação.
Ufa!!! Que livro!!! Para saber mais sobre o incrível universo que a autora criou, confiram a matéria no Blog da Editora Rocco.
Vocês não podem perder a resenha da Bel!!!!
Avisos:
No meio de tantas séries populares de fantasia, surge esse achado! Filhos de Sangue e Osso abre a Trilogia “O Legado de Orisha” de forma fantástica! Esse é um livro voltado para o público jovem adulto (YA), aonde Tomi Adeyemi dá vida à mitologia de Iorubá. Eu sou uma novata nesse gênero, mas irei me unir ao coro dos elogios. Merece todo o sucesso e as premiações que já alcançou. Estou animadíssima para ler a continuação.
Ela é chamada de verme e isso não é um apelido. Vive em Orisha. O passado de seu povo é contado como se fosse uma lenda. Mas a morte de sua mãe foi muito real. A lembrança ainda a assombra. Em uma noite, que ficou conhecida como Ofensiva, a magia dos maji desapareceu. Até hoje, seus descendentes não entendem o que aconteceu. O rei Saran se aproveitou e ordenou uma caçada. Sua mãe e todos os outros maji foram assassinados, na frente de suas famílias. Hoje só restaram os kosidán, os que não podem fazer magia, e os divinais, filhos de maji, que aos 13 anos poderiam desenvolver a magia, se ela existisse, e se transformar em um maji. Zélie é uma divinal. E como todos os outros iguais a ela, possui uma marca: cabelos brancos. Já está com 17 anos. E está com muita raiva.
A autora já começa com o dedo na ferida: há ódio nos dois lados. O rei os vê como uma ameaça e por isso oprime e escraviza o povo. Eles, por sua vez, querem vingar o sangue derramado de seus familiares. E acima de tudo querem poder se defender das crueldades. Se sentem impotentes e se revoltam contra seus deuses que os abandonaram. Se eles tivessem ainda sua magia, poderiam enfrentar o rei e o vencer.
Até que surge uma chance. E aqui se inicia a história que será narrada por Zélie, a Princesa Amari e o Príncipe Nalan. Eles terão uma oportunidade de trazer a magia de volta. Mas se falharem, ela estará perdida para sempre.
Que livro fantástico! Muito bem escrito, muito bem desenvolvido, com ação da primeira palavra até a última, sem nenhum exagero. E tudo muito bem amarrado, com revelações pontuadas em momentos estratégicos. A autora apresenta uma mitologia rica e a explora em diversos aspectos, se destacando pela fácil compreensão. Ainda temos um texto ágil que vai crescendo, ficando cada vez mais interessante.
Há muitas mensagens aqui nesse livro. Todas com seu grau de importância. Uma delas chamou logo minha atenção. Os personagens são negros. E existe variação no tom da pele. E o fato de ser mais clara ou mais escura foi motivo suficiente para gerar distinção de classes e preconceito. Os comerciantes, mercadores, a classe que trabalha ao ar livre, para ganhar seu sustento, naturalmente tem o tom mais escuro pela exposição ao Sol. Os nobres, por sua vez, pela lógica, devem ter o tom mais claro. Mas e aqueles que não têm? Vamos ver as mulheres passando maquiagem para clarear a pele. Eu fiquei chocada.
Entre todas as outras, ainda existe uma que foi muito forte e que me marcou: a personagem sente medo todos os dias! E a autora vai mostrar por quê. Mas ela irá fazer mais do que isso. A partir do significado desse medo, ela vai criar uma encruzilhada para os personagens que me deixou sem fala. O diálogo que eles trocaram foi muito real. Eu fiquei parada sem saber como resolver o problema que eles têm em mãos. E sem acreditar no que eu ouvi. Na hora me subiu um bolo na garganta. Pois a princípio, a perspectiva pode parecer altruísta, mas no fim, os divinais e seu povo são sempre marginalizados. Tudo os empurra para revidar. Eles precisam engolir o que pensam, engolir toda a indignação, engolir toda a injustiça, engolir toda a covardia, engolir o medo, engolir a vontade de reagir, engolir a vontade de lutar. E o ódio vai alimentando os dois lados, como se fosse um personagem escondido nos bastidores.
Isso se dá porque todos os acontecimentos sempre voltam à questão central desse enredo: a magia! E foi muito legal ver como ela se mostrou com várias faces. A autora seguiu um caminho genial. Pois começa sem magia. Não sabemos como ela é, e não conhecemos o seu potencial. Apenas temos a palavra dos que estão no poder, tentando nos convencer de que ela representa o mau e que irá destruir o reino. E do outro lado, os únicos capazes de usar magia, mas que nunca a viram também, usando um discurso de retaliação, como se ela fosse uma arma. Muitas dúvidas surgirão.
É nessa hora que começa a caçada. Destruir a magia ou trazê-la de volta? O dilema foi colocado, em quem você acredita? De qual lado vai ficar? Qual o mistério que está por trás da Ofensiva?
É muita tensão. Mas não se enganem: não se trata apenas da magia. Teremos a jornada dos três narradores. Eu ainda acrescentaria a jornada do irmão de Zélie, que segue com ela também e tem seu próprio drama. Pode não parecer, mas eles são muito complexos, passam por conflitos internos muito grandes. Há decisões cruciais no caminho. E cada um deles terá a sua reviravolta.
E o final? Primeiro doeu. Depois emocionou. E depois me surpreendeu. E eu ainda fiquei intrigada com a reação de Zélie.. Será que essa revelação é grave? Eu acabei revisando todas as cenas, diálogos e escolhas de um personagem específico à luz dessa nova informação. Será que fomos enganados esse tempo todo? Vou sofrer agora até a continuação sair, risos.
Amei o livro! E recomendo muito!
(Resenha da Bel)
💌 Contato:
Participem!!! Enviem indicações de livros que vocês querem ver nos nossos Projetos. E nos contem suas leituras preferidas. Para falar com o Cantinho, comente nas postagens, mande uma mensagem em nossas redes sociais ou envie um e-mail para:
Avisos:
📌Ano passado o blog estava em pausa. Mas para poder divulgar a lista dos favoritos de 2019, excepcionalmente, as resenhas serão postadas agora. E para deixar tudo organizado, eu separei em dois arquivos direitinho. Vencedor do Goodreads - Edição 2019 e Vencedor do Goodreads - Edição 2020.
📌 Essa dica é de uma leitura concluída e resenhada em 2019, que está sendo publicada agora em 2020.
Confiram a Resenha da Bel!!!!
Livro: Filhos de Sangue e Osso- Série O Legado de Orisha Livro 1
Autora: Tomi Adeyemi
Editora: Fantástica Rocco
O Cantinho Indica: 5/5 Favorito!!!!
Filhos de Sangue e Osso!!!
Sinopse:
Zélie Adebola se lembra de quando o solo de Orïsha vibrava com a magia. Queimadores geravam chamas. Mareadores formavam ondas, e a mãe de Zélie, ceifadora, invocava almas. Mas tudo mudou quando a magia desapareceu. Por ordens de um rei cruel, os maji viraram alvo e foram mortos, deixando Zélie sem a mãe e as pessoas sem esperança. Agora Zélie tem uma chance de trazer a magia de volta e atacar a monarquia. Com a ajuda de uma princesa fugitiva, Zélie deve despistar e se livrar do príncipe, que está determinado a erradicar a magia de uma vez por todas. O perigo espreita em Orïsha, onde leopanários-das-neves rondam e espíritos vingativos aguardam nas águas. Apesar disso, a maior ameaça para Zélie pode ser ela mesma, enquanto se esforça para controlar seus poderes ― e seu coração. Filhos de sangue e osso é o primeiro livro da trilogia de fantasia baseada na cultura iorubá O legado de Orïsha e está sendo adaptado para o cinema.
Confiram a Resenha da Bel!!!!
No meio de tantas séries populares de fantasia, surge esse achado! Filhos de Sangue e Osso abre a Trilogia “O Legado de Orisha” de forma fantástica! Esse é um livro voltado para o público jovem adulto (YA), aonde Tomi Adeyemi dá vida à mitologia de Iorubá. Eu sou uma novata nesse gênero, mas irei me unir ao coro dos elogios. Merece todo o sucesso e as premiações que já alcançou. Estou animadíssima para ler a continuação.
Ela é chamada de verme e isso não é um apelido. Vive em Orisha. O passado de seu povo é contado como se fosse uma lenda. Mas a morte de sua mãe foi muito real. A lembrança ainda a assombra. Em uma noite, que ficou conhecida como Ofensiva, a magia dos maji desapareceu. Até hoje, seus descendentes não entendem o que aconteceu. O rei Saran se aproveitou e ordenou uma caçada. Sua mãe e todos os outros maji foram assassinados, na frente de suas famílias. Hoje só restaram os kosidán, os que não podem fazer magia, e os divinais, filhos de maji, que aos 13 anos poderiam desenvolver a magia, se ela existisse, e se transformar em um maji. Zélie é uma divinal. E como todos os outros iguais a ela, possui uma marca: cabelos brancos. Já está com 17 anos. E está com muita raiva.
A autora já começa com o dedo na ferida: há ódio nos dois lados. O rei os vê como uma ameaça e por isso oprime e escraviza o povo. Eles, por sua vez, querem vingar o sangue derramado de seus familiares. E acima de tudo querem poder se defender das crueldades. Se sentem impotentes e se revoltam contra seus deuses que os abandonaram. Se eles tivessem ainda sua magia, poderiam enfrentar o rei e o vencer.
Até que surge uma chance. E aqui se inicia a história que será narrada por Zélie, a Princesa Amari e o Príncipe Nalan. Eles terão uma oportunidade de trazer a magia de volta. Mas se falharem, ela estará perdida para sempre.
Que livro fantástico! Muito bem escrito, muito bem desenvolvido, com ação da primeira palavra até a última, sem nenhum exagero. E tudo muito bem amarrado, com revelações pontuadas em momentos estratégicos. A autora apresenta uma mitologia rica e a explora em diversos aspectos, se destacando pela fácil compreensão. Ainda temos um texto ágil que vai crescendo, ficando cada vez mais interessante.
Há muitas mensagens aqui nesse livro. Todas com seu grau de importância. Uma delas chamou logo minha atenção. Os personagens são negros. E existe variação no tom da pele. E o fato de ser mais clara ou mais escura foi motivo suficiente para gerar distinção de classes e preconceito. Os comerciantes, mercadores, a classe que trabalha ao ar livre, para ganhar seu sustento, naturalmente tem o tom mais escuro pela exposição ao Sol. Os nobres, por sua vez, pela lógica, devem ter o tom mais claro. Mas e aqueles que não têm? Vamos ver as mulheres passando maquiagem para clarear a pele. Eu fiquei chocada.
Entre todas as outras, ainda existe uma que foi muito forte e que me marcou: a personagem sente medo todos os dias! E a autora vai mostrar por quê. Mas ela irá fazer mais do que isso. A partir do significado desse medo, ela vai criar uma encruzilhada para os personagens que me deixou sem fala. O diálogo que eles trocaram foi muito real. Eu fiquei parada sem saber como resolver o problema que eles têm em mãos. E sem acreditar no que eu ouvi. Na hora me subiu um bolo na garganta. Pois a princípio, a perspectiva pode parecer altruísta, mas no fim, os divinais e seu povo são sempre marginalizados. Tudo os empurra para revidar. Eles precisam engolir o que pensam, engolir toda a indignação, engolir toda a injustiça, engolir toda a covardia, engolir o medo, engolir a vontade de reagir, engolir a vontade de lutar. E o ódio vai alimentando os dois lados, como se fosse um personagem escondido nos bastidores.
Isso se dá porque todos os acontecimentos sempre voltam à questão central desse enredo: a magia! E foi muito legal ver como ela se mostrou com várias faces. A autora seguiu um caminho genial. Pois começa sem magia. Não sabemos como ela é, e não conhecemos o seu potencial. Apenas temos a palavra dos que estão no poder, tentando nos convencer de que ela representa o mau e que irá destruir o reino. E do outro lado, os únicos capazes de usar magia, mas que nunca a viram também, usando um discurso de retaliação, como se ela fosse uma arma. Muitas dúvidas surgirão.
É nessa hora que começa a caçada. Destruir a magia ou trazê-la de volta? O dilema foi colocado, em quem você acredita? De qual lado vai ficar? Qual o mistério que está por trás da Ofensiva?
É muita tensão. Mas não se enganem: não se trata apenas da magia. Teremos a jornada dos três narradores. Eu ainda acrescentaria a jornada do irmão de Zélie, que segue com ela também e tem seu próprio drama. Pode não parecer, mas eles são muito complexos, passam por conflitos internos muito grandes. Há decisões cruciais no caminho. E cada um deles terá a sua reviravolta.
E o final? Primeiro doeu. Depois emocionou. E depois me surpreendeu. E eu ainda fiquei intrigada com a reação de Zélie.. Será que essa revelação é grave? Eu acabei revisando todas as cenas, diálogos e escolhas de um personagem específico à luz dessa nova informação. Será que fomos enganados esse tempo todo? Vou sofrer agora até a continuação sair, risos.
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Olá, tudo bem? Eu sou DOIDA para ler esse livro, e agora com a editora FINALMENTE lançando o volume 2 quero cair dentro da história. Amei demais o que disse sobre, e com certeza estou com grandes expectativas de gostar. Fora a diversidade de cultura que traz. Amei a resenha, e dica mais que anotada!
ResponderExcluirBeijos
Oi Bel
ResponderExcluirEu acho essa capa lindíssima, mas ainda não tive oportunidade de ler este livro. Adorei saber através da sua opinião que é uma fantasia sensacional. Vou ter que lê-la, mesmo não tento muito hábito de ler livros do gênero. Estou bem curiosa pela aventura. Obrigada pela dica e parabéns pela resenha.
Bjos
https://historiasexistemparaseremcontadas.blogspot.com/
Olá.
ResponderExcluirEsse livro está na minha estante desde que foi lançado, pois o ganhei em um sorteio. Não sou uma leitura assídua de fantasia, mas quando é uma que foge dos padrões eu me interesso, assim como foi com essa. Lendo a sua resenha fiquei ainda mais empolgada com a leitura, pois é um livro que só vejo ter elogios. Agora que saiu a continuação por aqui, vou tentar aproveitar para ler os dois em uma tacada só.
www.sonhandoatravesdepalavras.com.br
Olá,
ResponderExcluirNão conhecia muito da história e nossa parece tão incrível! Essa coisa de um autor conseguir nos deixar pensando que uma coisa não tem solução (ou decisão) eu acho sempre surpreendente!
Eu já tinha ouvido falar dessa história, mas como leio poucos livros do gênero fantasia, não me interessei muito. Mesmo assim fiquei tensa com algumas coisas que você mencionou sobre a história, a situação de discriminação e opressão do povo, a protagonista viver constantemente com medo. Acho que é um livro que faz o leitor sofrer.
ResponderExcluirOuvi um breve comentário sobre esse livro nesse fim de semana, o nome me chamou atenção, mas não sabia até agora do que se tratava. Adoro livros que fogem das mitologias mais comumente usadas em enredos literários. Conheço um pouco da mitologia iorubá, o que só despertou ainda mais minha curiosida em saber por quais caminhos foi conduzido o enredo. Vou anotar o nome do livro pra não me esquecer de ler ele!
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